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CRM-SC e MPSC reforçam aproximação para contribuir com melhoria da saúde em Santa Catarina

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Representantes do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) e do Ministério Público estadual discutiram na sexta-feira,8/07, em encontro na sede do MPSC, a importância de trocarem informações e atuarem com maior proximidade na análise de problemas que comprometem a qualidade do atendimento à população e afetam a rotina de trabalho dos médicos. “Acompanhamos muito de perto o dia a dia nos hospitais, UPAs e outros pontos de atendimento, temos dados importantes e podemos contribuir”, diz o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro.

A autarquia é responsável pela fiscalização do trabalho médico e participa dos debates sobre saúde pública para garantir que os profissionais tenham infraestrutura e condições adequadas de trabalho. Marcelo Neves Linhares, 2º vice-presidente do CRM, destacou a necessidade de unir forças para conseguir mudar, de forma efetiva, a realidade atual da saúde pública.

No encontro com o Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, o tema apontado como crítico foi o atendimento pediátrico e neonatal. O aumento significativo na incidência de doenças respiratórias sobrecarrega o sistema e compromete o atendimento. Conselheiro do CRM, Marcelo Souza Cruz, que também é anestesiologista pediátrico e atua no Hospital Infantil Joana de Gusmão, comentou que a sobrecarga no atendimento infantil acontece desde dezembro do ano passado e que a situação pode ficar insustentável, principalmente pela falta de leitos para novas internações.

Outro tema abordado foi a fila de cirurgias eletivas no Estado. Hoje a estimativa é de que mais de 150 mil pessoas possam estar à espera de procedimentos cirúrgicos no estado.

“As informações são críticas e preocupantes”, disse o procurador geral Fernando Comin. Como encaminhamento da reunião, pediu ao CRM-SC que elabore um relatório sobre a situação. “A partir disso vamos estabelecer uma ordem de trabalho para agir junto aos gestores estaduais”.

Atualmente o MPSC já acompanha de perto a situação. Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor do MPSC, o Promotor de Justiça Douglas Martins, citou o exemplo das medidas de prevenção de algumas das causas da alta taxa de internação de crianças e adolescentes. “Estamos participando da elaboração de uma estratégia conjunta entre Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina (COSEMS/SC) para a melhoria da cobertura vacinal em crianças e adolescentes das vacinas previstas no plano nacional de imunização, o que inclui um programa de vacinação nas escolas”.

Também participaram da reunião: João Luiz de Carvalho Botega, promotor de justiça e coordenador do Centro de Apoio da Infância, Juventude e Educação; Alexandre Estefani, subprocurador-geral para Assuntos Institucionais e o assessor da presidência do CRM-SC, Sander DeMira

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