O aumento no número de casos de coqueluche em Santa Catarina acende o alerta para as medidas de prevenção e controle da doença. O CRM-SC reforça à população que a vacina é a principal forma de prevenção e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS, estando disponível em todas as unidades básicas de saúde do estado.
Aos médicos, o CRM-SC enfatiza a necessidade da adoção dos protocolos de diagnóstico e atendimento precoce, para isso, os profissionais devem seguir o fluxo de notificação e conduta frente aos casos suspeitos de coqueluche, elaborado pela Vigilância Epidemiológica Estadual.
As recomendações aos médicos são:
Notificação imediata: Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente à vigilância epidemiológica municipal.
Coleta de material de nasofaringe: Para confirmação laboratorial, recomenda-se a coleta de amostra de nasofaringe para cultura e PCR em tempo real, considerando o isolamento de Bordetella pertussis como o padrão ouro para o diagnóstico.
Identificação e coleta em contatos próximos: Em contato com sintomas de tosse, coletar uma (1) amostra para cultura e PCR; na ausência de contatos com sintomas, selecionar e coletar de somente um (1) possível portador assintomático (ex: pais, cuidadores, avós).
Tratamento de casos suspeitos: Instituir o tratamento adequado, sendo azitromicina o antibiótico de primeira escolha, e desencadear o bloqueio vacinal seletivo para crianças de 2 meses a 6 anos de idade completos, com vacina Pentavalente (DTP+Hib+HB) ou DT.
Quimioprofilaxia para comunicantes: Deve ser implementada para limitar a transmissão entre contatos próximos.
A doença acomete principalmente crianças e lactentes até os 6 (seis) meses de idade e se manifesta por meio de episódios intensos de tosse seca e pode durar cerca de 6 e 10 semanas, dividindo-se em três fases: a fase catarral, a paroxística e de convalescença.