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Falta de leitos em UTIs pediátricas de SC exige ações emergenciais

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O colunista da NSC, Renato Igor abordou nesta segunda-feira, 16/05, a falta de leitos em UTIs pediátricas de Santa Catarina e ouviu o CRM-SC sobre o assunto.  O conselheiro Marcelo Gurgacz, com 20 anos de experiência em UTIs pediátricas, destacou a necessidade de um planejamento e medidas de médio prazo. Já o presidente Eduardo Porto Ribeiro, ressaltou sobre a urgência de ações para ampliação da infraestrutura de atendimento. 

Leia o texto na íntegra abaixo ou acesse a Publicação da Coluna Aqui

 

Falta de leitos em UTIs pediátricas de SC exige ações emergenciais

por Renato Igor – 16/05

A atual crise de oferta de leitos nas UTIs infantis do Estado exige dos gestores públicos da área de saúde ações emergenciais e um plano de ação de médio prazo para a ampliação da infraestrutura de atendimento a casos graves registrados entre pacientes pediátricos e neonatais.

Santa Catarina tem apenas duas vagas de leito de UTI pediátrico disponíveis na rede pública de saúde. Com isso, a taxa de ocupação é de 97,83%. Os dados são do Painel de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), atualizados na última terça-feira (10).

Conselheiro do CRM-SC com 20 anos de experiência em UTIs pediátricas, o médico Marcelo Gurgacz diz que o crescimento da demanda por leitos em 2022 é reflexo de um aumento significativo na ocorrência de infecções respiratórias em crianças. O aumento nesse período é visível principalmente na comparação com o segundo trimestre dos últimos dois anos, quando as crianças permaneceram em casa por causa da pandemia do coronavírus e houve diminuição da ocorrência de problemas como crises de asma, bronquites comunitárias e bronquiolite (doença viral mais comum nos primeiros meses de vida).

Ao mesmo tempo, acrescenta, há necessidade de aumento no número de leitos em UTIs pediátricas e neonatais no Estado.

— Esse incremento da oferta, muito necessário, exige planejamento e medidas de médio prazo e deve ser iniciado o mais rapidamente possível — afirma.

De imediato, é essencial que o Governo dedique atenção máxima à gestão da infraestrutura disponível, acelerando transferências sempre que possível e diminuindo o tempo de espera por leitos. Ao mesmo tempo, como medida paliativa, é necessário o alerta geral à comunidade, principalmente para pais, mães e responsáveis, sobre a necessidade de medidas preventivas às infecções respiratórias.

Essas são medidas emergenciais.

— Em paralelo, o Governo precisa planejar e executar ações de ampliação da infraestrutura de atendimento — , diz o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro.

Além de investimentos em equipamentos, estrutura e pessoas, é essencial a mobilização política para garantir a habilitação de mais leitos de UTIs pediátricas para o Estado no Sistema Único de Saúde (SUS), medida necessária para garantir a manutenção financeira das estruturas.

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