O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), reforça o comunicado do Ministério da Saúde diante do aumento expressivo dos casos de sarampo no mundo. Somente nas Américas, em 2025, o avanço da doença acendeu um alerta para o risco de reintrodução no Brasil.
O sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, mas que pode ser evitada com a vacinação. Por isso, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), orienta que todos os profissionais e trabalhadores da saúde estejam devidamente imunizados.
De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, são necessárias duas doses da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. A imunização é contraindicada apenas para gestantes e pessoas com imunossupressão grave.
Primeiro contato
Como os profissionais da saúde costumam ser os primeiros a ter contato com casos suspeitos, a recomendação é que instituições verifiquem a situação vacinal de suas equipes, mantenham registros atualizados e promovam campanhas internas de conscientização. Além disso, é importante adotar medidas complementares, como uso de equipamentos de proteção individual, triagem adequada, ventilação dos ambientes, higiene das mãos e isolamento oportuno dos pacientes.
Outro ponto fundamental é a notificação imediata de casos suspeitos — pessoas com febre, exantema e ao menos um dos seguintes sintomas: tosse, conjuntivite ou coriza. A investigação clínica deve ser acompanhada da coleta de material biológico, permitindo que as ações de bloqueio vacinal sejam implementadas em até 72 horas. Contatos próximos de casos suspeitos devem ser monitorados por 30 dias e orientados a se vacinar.
