O presidente do CRM-SC, Marcelo Reis, recebe no podcast Sua Saúdeo médico endocrinologista Frederico Marchisotti, também conselheiro do CRM-SC, para um bate-papo sobre as diferenças do hipotireoidismo e hipertireoidismo. Essas condições afetam a glândula tireoide, responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, essenciais para o metabolismo do organismo. Enquanto o hipotireoidismo ocorre pela produção insuficiente desses hormônios, levando a sintomas como fadiga, ganho de peso e lentidão metabólica, o hipertireoidismo resulta da produção excessiva, causando aceleração dos batimentos cardíacos, perda de peso e nervosismo. No episódio, o especialista explica como identificar os sintomas, os métodos de diagnóstico e as melhores abordagens terapêuticas para essas condições.

Durante a conversa, Dr. Frederico aborda um tema crucial: o impacto das disfunções tireoidianas na gravidez. A tireoide desempenha um papel fundamental no desenvolvimento fetal e alterações hormonais podem trazer sérias consequências para a mãe e o bebê. O hipotireoidismo materno, por exemplo, pode levar ao comprometimento do desenvolvimento cognitivo do feto, crescimento inadequado e até parto prematuro. Como o feto depende, principalmente nos primeiros meses, dos hormônios tireoidianos maternos, a falta deles pode prejudicar a formação do sistema nervoso central, afetando o aprendizado e a capacidade intelectual da criança no futuro.

Já o hipertireoidismo na gestação também representa riscos, podendo provocar pré-eclâmpsia, uma condição grave caracterizada por pressão alta e risco para mãe e bebê. Além disso, há maior probabilidade de parto prematuro e complicações cardíacas no feto, como arritmias. O acompanhamento médico e o controle adequado dos níveis hormonais são fundamentais para garantir uma gestação saudável e reduzir os riscos associados a essas doenças.