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Acadêmicos de medicina da Unisul denunciam deterioração do ensino médico

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Principal reclamação é que a Universidade não se organizou para comportar o aumento do número de alunos, e que o internato em postos de saúde está péssimo, sem programa de atividades e sem preceptoria definida.

 

O novo modelo de internato médico adotado pela Unisul Pedra Branca foi motivo de reunião entre os acadêmicos de Medicina do 9º período e a diretoria do CRM-SC, na sexta-feira, 11/03.

Os acadêmicos relataram falta de um programa organizado de tarefas e ausência de supervisão das atividades por um preceptor.  “O novo modelo de internato começou com nossa turma do nono semestre, que recém aumentou de 80 para 120 alunos, com passagens em unidades básicas de saúde da Palhoça e São José. O problema é que não há garantia de acompanhamento das atividades por um médico preceptor, e em alguns não estamos sequer sendo autorizados a entrar”, disseram. Eles também reclamam da falta de diálogo com a coordenação do Curso.

O presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro, se mostrou extremamente preocupado com a situação apresentada pelos alunos e afirmou que fará contato com a coordenação do curso de Medicina para enfatizar a importância de um bom programa de internato para a formação médica. “Ampliar o número de vagas sem que se tenha previamente garantida adequada estrutura é não só um desrespeito aos alunos mas um perigo à sociedade. Estes alunos serão médicos muito em breve. Se alguém da sua família se acidentar e precisar de pronto socorro, eles estarão lá para prestar o atendimento. Hoje eles passam o dia renovando receitas e acompanhando a triagem de enfermagem, quando não são mandados embora. Amanhã serão os médicos do posto. E falando nele, os médicos dos postos não têm mesmo a menor obrigação de receber alunos, não sendo contratados para prestar preceptoria, nem recebendo qualquer suporte para adequar o posto para o estágio”. 

Por fim, complementa: “Quando avaliamos a situação do ensino médico no Brasil, a irresponsabilidade é muito grande. No nosso Estado, infelizmente, a situação não é diferente. Em Araranguá, a UFSC primeiro abriu a Faculdade de Medicina, para depois providenciar os professores. Foram alertados, e agora estão tendo dificuldades.”.

Participaram da reunião além do Presidente do CRM-SC, o segundo vice-presidente do CRM-SC Marcelo Neves Linhares, além dos acadêmicos de medicina, João Victor Heerdt, que também é vice-presidente da Associação dos Estudantes de Medicina de Santa Catarina (AEMESC), Rafael Lobo de Souza, que também é presidente da Associação dos Estudantes de Medicina de Santa Catarina (AEMESC), e Bruno Carriço de Oliveira, vice-presidente do comitê local AEMESC Unisul.

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