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Artigo Dia do Médico

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No último dia 18 de outubro foi comemorado o Dia do Médico. Em artigo publicado no jornal Notícias do Dia, o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro, registrou a importância da data.

Eduardo Porto Ribeiro
Presidente do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC)

Houve tempo, em passado já um tanto remoto, em que cirurgias eram feitas sem anestesia. Antibióticos eram desconhecidos e exames por imagem, impensáveis. Medicamentos de uso comum ainda estavam por ser desenvolvidos, assim como as vacinas. Saneamento básico não era associado à saúde pública e havia desconhecimento de questões essenciais sobre metabolismo e o funcionamento celular. O cenário era dos mais desafiadores, mas os médicos estavam lá, fazendo sua parte e cumprindo o dito no juramento de Hipócrates: “Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes”.

Ao longo dos séculos, avanços tecnológicos se acumularam. Hoje há incontáveis drogas à disposição dos pacientes, exames os mais modernos, instrumental cirúrgico miniaturizado, vacinas para males variados e uma série de outros inventos e inovações que transformaram a maneira de exercer a medicina. Há ainda um acúmulo gigantesco de conhecimentos e a possibilidade de acesso quase imediato a informações em qualquer parte.

Algo, porém, permanece imutável. Se no tempo dos gregos era “em toda casa”, hoje é em hospitais, clínicas ou consultórios que cabe ao médico “entrar para o bem dos doentes”.

O médico catarinense tem motivos de sobra para se orgulhar pelo 18 de outubro. Afinal de contas, a data celebra o profissional que desde sempre se dedica a cuidar do outro – muitas vezes nos seus momentos de maior fragilidade. Para cumprir esse papel, o médico faz inúmeras renúncias e se obriga a exercitar características fundamentais, como a empatia, a escuta atenta e a dedicação ao aprendizado constante – teórico e prático. Histórico, esse compromisso com o bem-estar de terceiros foi testado ao extremo nos últimos anos, com a chegada da pandemia do coronavírus. Mais uma vez, o médico cumpriu sua obrigação – e diariamente pôs a própria saúde – e a de seus familiares – em risco priorizando o bem comum. Passados os momentos mais críticos da crise sanitária sem precedentes que tanto nos abalou, a rotina de dedicação dos profissionais prossegue.

O médico merece reconhecimento. E exige respeito e valorização, principalmente por parte dos gestores públicos. Condições adequadas de trabalho, atenção à formação profissional, remuneração justa. Há inúmeros pontos que precisam ser acompanhados de perto pela sociedade. O trabalho ético do médico é essencial para a promoção da saúde dos indivíduos e da comunidade. Reconhecer isso – e colocar em prática ações que valorizem o profissional – é passo fundamental para termos uma sociedade mais saudável e feliz.

Parabéns, médico catarinense, pelo seu dia!

 

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