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CRM-SC alerta Ministério Público Federal sobre o perigo da falta de médicos no Hospital Universitário

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O Conselho Regional de Medicina (CRM-SC) fez fiscalizações in loco e procurou o Ministério Público Federal para manifestar preocupação com a falta de médicos, principalmente pediatras, obstetras e ginecologistas, no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis. Relatórios da autarquia indicam problemas nas escalas no setor de urgência e emergência em pediatria. Na escala da UTI neonatal, há falta de profissionais nos finais de semana. A situação da obstetrícia também é grave. “Percebemos, durante a fiscalização, que as escalas médicas mensais do Serviço de Obstetrícia (urgência, emergência, centro obstétrico e enfermaria) permanecem incompletas ou são preenchidas de última hora”, diz o relatório entregue ao Ministério Público, durante reunião na segunda-feira (19/09), que contou com a participação do presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro e do segundo vice-presidente, Marcelo Neves Linhares. “Por vezes, podem ser suspensos os serviços ambulatoriais ou mesmo as cirurgias obstétricas eletivas para completar a escala de Urgência e Emergência”.

O hospital universitário é gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que deve garantir a presença de profissionais em número adequado ao bom funcionamento dos serviços.

Em setembro o hospital universitário da UFSC passou a atender urgências e emergências de ginecologia apenas de pacientes encaminhadas por outros estabelecimentos de saúde. A unidade tem acordos com a Secretaria de Estado da Saúde para atendimento na obstetrícia e ginecologia e na pediatria, mas faltam médicos para cumprir todas as escalas. “Essa situação nos deixa muito preocupados”, diz o presidente do CRM-SC, Eduardo Porto Ribeiro. Ele entende que a situação deixa mulheres e crianças expostas a riscos e prejudica também os próprios médicos, que precisam atuar sem as condições adequadas. “É urgente que se busque uma solução para ampliar o número de profissionais no hospital”.

Na fiscalização, o hospital foi notificado sobre a necessidade de garantir pessoal para a definição mensal e o cumprimento das escalas na obstetrícia, na ginecologia e na pediatria. O documento também indicou a necessidade de “garantia do médico diarista/rotineiro para a UTI neonatal nos finais de semana”.

 

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